O Impacto da Maternidade na Saúde Mental da Mulher.

Para a mulher contemporânea, uma das questões mais complexas, conflitantes e problemáticas, é a maternidade.

Existe uma grande romantização relacionada ao maternar: deve ser pleno e repleto de realizações à mulher; é como se a mãe que reclama do cansaço, se sente sobrecarregada, não amasse de fato seus filhos, e muitas vezes ela passa a acreditar que está falhando em seu papel, se culpa por não dar conta de tudo.

São tantos os pratos a ser equilibrados - os filhos, a casa, o companheiro, a profissão - e a cobrança para manter isso tudo em pé parece já fazer parte de hábitos culturais.

Alimentar a crença de que é necessário dar conta de tudo para ser uma boa mãe, e que nisso está incluso não parecer cansada ou triste, tem causado inúmeros (e severos) danos à saúde mental da mulher.

Nessas circunstâncias, o olhar para a mulher - além da mãe - e o cuidado de sua saúde mental é tão importante quanto o cuidado com as crianças!

A forma como uma mãe se sente, pensa e age, reflete diretamente no ambiente familiar, e os filhos acabam por replicar as atitudes dela, que é seu primeiro modelo de ser.

Ter um espaço seguro e sigiloso, que lhe forneça possibilidades e ferramentas para garantir seus direitos e desconstruir (auto) julgamentos e pensamentos ou crenças limitantes, é uma necessidade no processo de busca por uma vida mais leve e por relações mais saudáveis.